Confira pesquisas publicadas e algumas imagens do recife de corais na Foz do Amazonas

Foto de sistema recifal no fundo do mar, com corais coloridos e predominância da cor azul
Uma das primeiras imagens do recife de corais da foz do Amazonas, no Amapá, capturadas em 2017 por um submarino durante expedição científica de pesquisadores de renomadas universidades brasileiras. A expedição foi realizada com apoio do Greenpeace (Foto: Greenpeace)

A existência do Grande Sistema de Recifes do Amazonas é reconhecida e registrada por vasta literatura científica. E é lá que estão os corais da Amazônia, que, quando descobertos, deixaram pesquisadores do mundo inteiro impressionados. 

Um primeiro e importante aspecto é que eles são capazes de se desenvolver em uma região onde as águas turvas do Rio Amazonas encontram o Oceano Atlântico, o que, a princípio, era improvável. Mas, apesar disso, os corais da Amazônia se adaptaram de uma forma única à mistura da água doce e salgada!

Como a informação é uma grande aliada da defesa da biodiversidade, preparamos uma lista de indicações com algumas das principais pesquisas e artigos publicados sobre o assunto. 

O que a ciência diz sobre os corais da Amazônia?

Descobertas como essa envolvem tempo para pesquisa, profissionais capacitados e, claro, investimento. Como esse é um trabalho recente, as novidades são frequentes, e a ciência vai se atualizando conforme novas evidências surgem. 

Veja a linha do tempo desde as primeiras pesquisas até os debates atuais.

1. A descoberta 

O estudo que descreve a descoberta dos corais da Amazônia é assinado por uma equipe de 38 pesquisadores, técnicos e alunos de pós-graduação de 12 instituições, incluindo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A descoberta foi confirmada em 2014 e divulgada na revista Science Advances em abril de 2016. Desde então, diversas pesquisas sobre o tema têm sido publicadas por instituições acadêmicas sérias e respeitadas. 

Segundo descrito no estudo, esse sistema de recifes é composto por esponjas, fundos de algas calcáreas e rodolitos, além, claro, dos corais. Entre eles, estão:

  • Espécies de corais escleractíneos, ou corais verdadeiros, Montastraea cavernosa;
  • Agaricia humilis;
  • Favia gravida;
  • Millepora sp.;
  • Madracis decactis;
  • outros hidrocorais.
Amostras de recife de corais recolhidos da foz do Amazonas. (A) Montastraea cavernosa; (B) Agaricia humilis; (C) Favia gravida; (D) Millepora sp.; (E) Madracis decactis (Fonte: Anexos Science Advances)

Antes mesmo desta primeira pesquisa consolidada, já havia um artigo publicado por pesquisadores brasileiros citando a existência de 38 espécies de corais na região, incluindo 27 espécies de octocorais, 9 corais verdadeiros, um hidrocoral e outro coral-negro..

2. Expedições científicas

Os primeiros estudos apontavam que o sistema de recifes ocupava uma área de 9.500 km², abrangendo a faixa que vai da fronteira do Brasil com a Guiana Francesa até o Maranhão.

Impulsionado por essa primeira descoberta, o Greenpeace Brasil apoiou pesquisadores de diversas universidades brasileiras de ponta que queriam dar continuidade aos estudos, disponibilizando um de seus navios.

Nesta expedição à Bacia da Foz do Amazonas, que ocorreu em 2017, além de terem sido reveladas ao mundo as primeiras imagens submarinas dos recifes, foi estimado que o tamanho da área do sistema recifal poderia ser maior que o indicado anteriormente, chegando a 56 mil km². 

O dado está registrado em artigo publicado em abril de 2018 na Frontiers in Marine Science, onde os pesquisadores reforçaram a existência do sistema de recifes e descreveram, inclusive, corais negros a 130 metros de profundidade.

Todo esse estudo foi destaque no portal do Ministério da Educação (MEC). Na mesma época, o Greenpeace Brasil realizou uma grande mobilização contra a petrolífera francesa Total, que desejava explorar petróleo da região. À época, a empresa teve o licenciamento indeferido pelo Ibama diante da não comprovação de segurança socioambiental para exploração petrolífera da área. 

3. A continuidade dos estudos

Em 2019, uma nova publicação sobre o sistema de recifes na foz do Amazonas foi apresentada na renomada revista Nature. Assinado por pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade do Pará e da Universidade da Paraíba, o estudo se soma à literatura científica sobre a vida que existe embaixo d’água na Bacia da Foz do Amazonas.

No artigo, os pesquisadores endossaram que o estudo realizado explorou os aspectos evolutivos do sistema de recifes, mostrando que esse ecossistema está vivo e crescendo, abrigando dezenas de organismos vivos e habitats.

Eles reforçaram, ainda, que são necessários mais estudos para ser possível conhecer com mais detalhes o crescimento dos recifes de corais da Amazônia, a diversidade de espécies que neles existem e a biodiversidade associada a este território.

4. Debate científico

Em dezembro de 2022, um novo artigo publicado na revista Frontiers in Marine Science demonstrou, a partir da literatura científica já publicada sobre o tema, a invalidade de argumentos apresentados no resumo “Mitos e verdades sobre os corais da foz do rio Amazonas”, publicado no 49º Congresso Brasileiro de Geologia.

Enquanto o autor em questão argumentou que no recife existiam corais mortos, as amostras coletadas por outros pesquisadores (Cordeiro, 2015 e Moura, 2016) apresentaram tecidos vivos e rodolitos com alta vitalidade. 

O artigo também esclarece que o uso da espessura dos organismos vivos como critério para definir a vitalidade do recife é inadequado, pois a camada viva de um recife saudável pode variar em espessura de apenas alguns milímetros, como é o caso da superfície das colônias de corais.

Segundo alerta a publicação, o negacionismo científico é uma ameaça aos biomas brasileiros e à biodiversidade da Foz do Amazonas.

“A ciência replicável e confiável é essencial para orientar efetivamente as ações políticas em direção à conservação e ao uso racional dos recursos marinhos na região. Assim, pedimos um consenso científico sobre a extensão e a vitalidade do Grande Sistema de Recifes do Amazonas com base em dados replicáveis de acesso aberto obtidos por meio de pesquisas independentes”, concluem os pesquisadores.

Corais: saiba tudo sobre o tema

Além de ficar ciente da importância dos corais da Amazônia, vale a pena entender como eles geram impactos. A seguir, confira as respostas às principais dúvidas sobre o tema!

O que são os corais?

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), os corais consistem em grupos de animais marinhos que vivem presos em estruturas, como rochas. Eles formam grandes colônias e um conjunto de corais forma o que conhecemos como recife de corais.

Também segundo o Serviço Geológico do Brasil, a estrutura dos corais é formada por um esqueleto de calcário. Estima-se que 87% de um coral seja de carbonato de cálcio, 7% de carbonato de magnésio e o restante de outras substâncias em menor proporção.

Esses animais são considerados primitivos e formados como fósseis do mar. Eles também ajudam a indicar as condições ambientais da região, sendo comumente associados a um ambiente equilibrado.

Quais são os tipos de corais marinhos?

Em relação aos tipos, há dezenas de espécies de corais, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo. Porém, é comum classificá-los de três formas principais:

  • Franja — são os corais que ficam perto das praias e que estão em águas rasas;
  • Barreira — são corais paralelos às costas, tendo sido arrastados da região beira-mar;
  • Atóis — são aqueles que crescem ao redor de uma ilha ou formação semelhante que deixa de existir.

Quais espécies habitam os corais?

Apesar de os corais serem tecnicamente compostos por estruturas calcárias, os recifes formados por eles abrigam diversas espécies. Além dos diferentes tipos de corais, é comum encontrar esponjas, estrelas-do-mar, algas e até lagostas.

Inclusive, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 25% das espécies marinhas e 65% dos peixes vivem em corais. Essas características tornam os recifes de corais os habitats marinhos mais diversos existentes.

É por isso que faz sentido dizer que os corais formam verdadeiros ecossistemas complexos, onde diversas espécies interagem. 

Qual é a importância dos corais para o ecossistema?

Falar nos corais sem citar a importância deles para todo o ecossistema é impossível, já que essas estruturas são cruciais para milhares de espécies. Descubra alguns pontos que os tornam essenciais!

Biodiversidade

A existência dos corais é fundamental para preservar a biodiversidade marinha. Muitas vezes, eles servem como berçário natural para várias espécies, além de serem o habitat de outras. Preservar os corais, portanto, é preservar essas relações e todas as espécies relacionadas.

Fonte de alimentos

Como são essenciais na sustentação da vida marinha, os corais também servem como fonte de alimento para a fauna ali presente. Diversos animais se alimentam de outras espécies que vivem nesse tipo de ecossistema, favorecendo a cadeia alimentar.

Também vale considerar que, por abrigarem quase 7 em cada 10 peixes, os corais são essenciais para a pesca sustentável. Graças a eles, comunidades locais podem sobreviver dessa atividade, por exemplo.

Medicamentos

A grande diversidade de animais, microrganismos e elementos nos corais fazem com que eles também sejam fontes de ativos de medicamentos. Isso envolve pesquisas científicas que podem ser realizadas nesses ecossistemas.

A Universidade do Aveiro, em Portugal, desenvolveu uma pesquisa que aponta que os corais podem ajudar a descobrir novos medicamentos. A equipe de biólogos descobriu ser possível produzir novos fármacos com base em compostos sintetizados por esses animais marinhos, trazendo novas possibilidades para a área de saúde.

Porém, é possível ir além da medicina tradicional. A medicina indígena também pode se beneficiar dos bioativos dos corais e do conhecimento tradicional quanto ao seu uso.

O que é o branqueamento dos corais?

Apesar da importância que eles têm para o ecossistema, os corais enfrentam cada vez mais desafios. Um deles é o branqueamento, um fenômeno relacionado com o  aquecimento das águas dos oceanos.

De acordo com o Centro de Biologia Marinha (CEBIMar), da Universidade de São Paulo (USP), esse fenômeno causa a perda de microalgas que vivem no interior do tecido dos corais. Em uma relação de simbiose, essas algas são as principais responsáveis pela nutrição dos corais e pela calcificação de seu esqueleto.

Sem elas, os corais ficam sem suprir suas necessidades nutricionais e todo o recife fica mais suscetível a outros impactos. Além disso, a falta das algas no tecido faz com que os corais fiquem brancos e até transparentes, justificando o nome do fenômeno.

Esse quadro também é causado por outros fatores, como mudanças nas correntes e poluição. A situação afeta diretamente a saúde e a continuidade dos recifes de corais, impactando as espécies que dependem deles.

Os corais vivem em água doce ou salgada?

Como são animais marinhos, os corais são frequentemente associados aos oceanos. Inclusive, acreditava-se não ser possível o desenvolvimento desses animais em águas doces ou profundas.

Porém, a descoberta dos corais amazônicos transformou essa percepção. Como você viu, eles estão na bacia da foz do Rio Amazonas, que tem águas turvas pelos materiais orgânicos da floresta.

Mesmo assim, uma das coisas que você precisa saber sobre os corais da Amazônia é que eles se desenvolvem nesse ambiente, onde há apenas 2% de luminosidade, aproximadamente.

Nesse caso, a simbiose não é feita com as microalgas no tecido. Em vez disso, os corais contam com a ajuda de bactérias para atender às suas necessidades nutricionais.

Quais são os desafios da sobrevivência dos corais da Amazônia?

As características únicas dos corais da Amazônia fazem com que eles sejam como milagres da natureza. No entanto, eles estão sob constante ameaça.

Alguns dos fatores para considerar é o aumento da temperatura global das águas. Com as mudanças climáticas em larga escala, as águas tendem a ficar cada vez mais quentes. Inclusive, o aquecimento nos oceanos Pacífico e Atlântico pode prolongar a seca na região amazônica, afetando diretamente os corais da região.

Também há fatores como a poluição e a pesca predatória, já que esses são elementos capazes de afetar o equilíbrio desses ecossistemas. Outro problema que requer atenção envolve a luta contra empresas petrolíferas. 

Gigantes do setor, como a Petrobras, buscam explorar cerca de 451 blocos de petróleo marítimos e terrestres, conforme aponta o monitor Amazônia Livre de Petróleo. 

Essa situação motivou o Greenpeace  a criar a campanha “Petróleo na Amazônia não!”. A intenção é lutar contra as pressões políticas e econômicas que desejam explorar petróleo na região. Essa atividade pode gerar consequências catastróficas não apenas para os corais, mas para toda a região.

O derramamento de petróleo no Nordeste, em 2019, causou danos severos a corais e recifes das praias afetadas, por exemplo. Agora, já sabendo por que devemos proteger os corais da Amazônia, é essencial lutar contra esse tipo de projeto.

Salve a Amazônia com o Greenpeace

Os corais da Amazônia pareciam ser impossíveis, mas prosperaram mesmo em um ambiente que poderia ser considerado inóspito. Porém, eles estão em risco e você pode contribuir com essa luta.

O Greenpeace Brasil está nessa causa e você pode se engajar também, nos apoiando. Doe e ajude a proteger a Amazônia, seus corais e toda a biodiversidade da região!

Perguntas e respostas sobre a real presença de corais na Amazônia

A presença de corais na região da Amazônia é uma fake news?

Não, a presença de corais na região da Amazônia é uma realidade. Ela é pesquisada por diversos cientistas e está confirmada desde 2014.

A primeira menção à existência dos corais da Amazônia, foi feita em um artigo publicado pela Universidade de Miami, em 2015. Já em abril do ano seguinte, foi publicada a pesquisa dos responsáveis pela sua descoberta. Assinado por 38 pesquisadores, técnicos e alunos de pós-graduação, o estudo traz dados e imagens que mostram um recife de aproximadamente 9.500 km² na fronteira entre Brasil e Guiana Francesa.

Com o passar dos anos, outras pesquisas e estudos foram realizados na região. Em 2017, após uma expedição do Greenpeace com pesquisadores de diversas universidades brasileiras, foi constatado que os números são ainda mais impressionantes, e os Corais da Amazônia podem chegar a 56 mil km², equivalente ao tamanho do estado do Rio de Janeiro.

É verdade que a exploração de petróleo na Amazônia pode afetar negativamente os corais marinhos?

Sim, a exploração de petróleo na Amazônia é uma ameaça socioambiental

Ela afeta os corais, a população originária, a floresta, os rios e os mares da costa amazônica. Segundo o monitor Amazônia Livre de Petróleo, na Amazônia brasileira existem atualmente 451 blocos, marítimos e terrestres, nas categorias “em estudo”, “oferta” e “exploração”.

Mesmo com essa ameaça, existe uma grande pressão política e econômica para a exploração da região. A Petrobras já recebeu uma negativa do Ibama por querer explorar a menos de 40 km dos recifes amazônicos.

Há alguma evidência de que a exploração de petróleo já causou danos aos corais?

Até o momento, como todas as tentativas exploratórias na região foram barradas, não existem registros de danos causados aos corais. Caso aconteça, os danos são imensuráveis.

Existe um risco grande de vazamento de óleo na região que atingiria não só os corais, como também as populações ribeirinhas e os países vizinhos. A exploração de petróleo ainda eleva os níveis de aquecimento global, o que pode ser letal para o conjunto de recifes de corais. 

As empresas de exploração de petróleo têm medidas eficazes para proteger os corais?

Não, as petrolíferas não apresentam medidas de segurança para a proteção dos corais.

Em 2023, a Petrobras recebeu uma negativa do Ibama para explorar a região. A petrolífera não apresentou planos de emergência em casos de vazamento. Em um acidente, por exemplo, eles levariam cerca de 43 horas para chegar ao local.

O mesmo já aconteceu com a petroleira francesa Total e a britânica BP, que tiveram a operação negada pela falta de segurança socioambiental, além da pressão pública. A segunda desistiu da exploração também pelos riscos econômicos e reputacionais.

Como a presença de corais beneficia o meio ambiente e as comunidades locais?

Os corais são fundamentais para garantir a biodiversidade marinha

Na foz do rio Amazonas, eles ficam a 120 metros de profundidade. Sendo assim, sofrem menos os impactos do aquecimento global e repovoam outros lugares que estão degradados.

Além de auxiliar na recuperação da região, eles servem de alimento e abrigo para diversos animais. Com isso, sua presença auxilia na pesca e na sobrevivência das comunidades que realizam essa atividade de forma sustentável.

Entre outros benefícios de sua preservação, podemos citar também o uso de seus bioativos na medicina baseada em evidências científicas e na indígena.

O que o Greenpeace tem feito para proteger os corais na região?

O Greenpeace Brasil atua há 30 anos denunciando e confrontando governos, empresas e projetos que incentivam a destruição da Amazônia e ameaçam o clima global.

Em 2017, o Greenpeace disponibilizou um de seus navios e apoiou pesquisadores de diversas universidades brasileiras em uma expedição à bacia da Foz do Amazonas por 40 dias. Com o uso de submarinos, revelamos ao mundo as primeiras imagens dos recifes. Todos os dados do estudo foram publicados em um artigo na “Frontiers in Marine Science”.

Neste mesmo período, o Greenpeace realizou uma grande mobilização contra a petrolífera francesa Total. Em uma petição online, foram coletadas mais de 2 milhões de assinaturas de pessoas contra a exploração de petróleo na região.

Nosso compromisso com a região permanece. Estamos atualmente com a Expedição Costa Amazônica Viva, que visa fomentar a produção de conhecimento científico sobre a bacia da Foz do Amazonas, documentar a rica sociobiodiversidade da região e os possíveis impactos da exploração de petróleo.

Como podemos diferenciar informações cientificamente embasadas sobre os corais de propaganda ou desinformação?

A existência dos corais na Amazônia sofre com fake news e desinformação, muitas vezes financiadas por quem tem interesse em explorar a região.

Negar a informação científica é uma ameaça aos biomas brasileiros e à biodiversidade da Foz do Amazonas. Recentemente, a alegação de que nos recifes existiam corais mortos foi invalidada a partir de literaturas científicas já publicadas. Segundo os autores, nossa vida diária é impactada pela descrença na ciência, e a atual turbulência sobre a exploração de petróleo na plataforma amazônica está assumindo uma dimensão política desproporcional no Brasil. 

Portanto, antes de compartilhar uma informação, certifique-se das fontes e do embasamento deste estudo. Busque informações respaldadas por revistas científicas e sem interesse econômico.

Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!