Os estados da Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais sofrem com enchentes desde os últimos meses de 2021. Em Minas Gerais, 341 municípios, dos 853, decretaram situação de calamidade ou emergência até o mês de fevereiro. Regiões que tradicionalmente são atingidas pelas secas no estado, como o Vale do Mucuri e o Jequitinhonha, ficaram inundadas.
Conforme se aproximava a virada do ano, as precipitações se intensificaram e castigaram também Maranhão, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins, com um volume excepcionalmente alto e com graves consequências às populações e toda a vida existente.
Enquanto isso, os termômetros no Rio Grande do Sul registraram um calor sem precedentes. As temperaturas chegaram a atingir mais de 43ºC, deixando cerca de 216 municípios sob alerta de perigo.
O governo federal congelou as políticas públicas climáticas enquanto a população sofre as consequências dos eventos extremos que seguem sendo potencializados pela escalada do desmatamento, o maior vilão das emissões de gases de efeito estufa no país.
Ainda que a responsabilidade das três esferas públicas seja urgente e necessária, o Plano de Adaptação Climática precisa conversar com a dinâmica do território e pensar a solução de acordo com a realidade local.
Execução e/ou elaboração do Plano Estadual de Adaptação Climática.
Realização de audiências públicas com as populações mais afetadas por eventos extremos cada vez mais intensos e frequentes como tempestades, inundações, alagamentos, secas e ondas de calor.
Orçamento destinado para perdas e danos materiais das famílias impactadas pelos eventos climáticos extremos.
Mapeamento de áreas de vulnerabilidade e riscos em escala regional.
Criar medidas de controle e fiscalização para zerar o desmatamento local.
Abandonar o uso de combustíveis fósseis e diversificar a matriz elétrica com investimento em energias renováveis a fim de evitarmos apagões e o agravamento da crise.