#IssoÉAtivismo

A energia e presença dos nossos voluntários em todos os momentos

Se o ano de 2019 pode ser sintetizado em lama, fogo, óleo e veneno, também é verdade dizer que igualmente teve empatia, alegria, espírito de equipe, coragem e disposição para a mudança. Isso foi o que encontramos nas diversas ações realizadas pelos nossos voluntários. Ao longo de todo o ano, foram 890 atividades, entre limpezas de praças e praias, plantios de árvores, protestos pacíficos, palestras educativas, intervenções artísticas e os chamados Pontos Verdes, quando grupos vão às ruas divulgar nossas campanhas e projetos e mobilizar as pessoas. Somando todos esses eventos, foram mais de 20 mil horas trabalhadas.

Nosso voluntariado no Brasil

Em 2019, somamos 12 mil voluntários cadastrados em todo o país, além de 17 grupos organizados - dois novos oficializados em Bertioga (SP) e Goiânia (GO).

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“O voluntariado é algo que, se não tiver dedicação, amor e vocação para trabalhar, não precisa nem começar. Em 2019, assim como quase sempre, foi uma tarefa árdua. Houve entraves com órgãos públicos, muitas áreas da cidade precisando de atenção. De toda forma, mesmo que pareça pouco, orientar pessoas nos Pontos Verdes, doar nosso tempo em prol do meio ambiente sempre será satisfatório. Meio ambiente não é algo que está a quilômetros de distância. É na verdade nosso quintal, nossa varanda. Somos nós”. Jacqueline Tomaz, 39, voluntária do novo grupo de Goiânia (GO).
Jacqueline Tomaz
"Ter um grupo do Greenpeace em Bertioga dá a oportunidade de tratarmos das questões socioambientais delicadas desta região, que necessitam de táticas, técnicas e abordagens criativas e responsáveis. Elementos esses que a organização carrega consigo desde seu nascimento. É uma mistura de empolgação e força." Raphael Roberto (25), voluntário do novo grupo de Bertioga (SP)
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Além das atividades locais, os voluntários também participaram de mobilizações nacionais, como:

Solidariedade aos Povos Indígenas – em abril, em apoio à Mobilização Nacional Indígena (MNI) que aconteceu em Brasília (DF), nossos voluntários levaram às ruas de 18 cidades informações sobre a importância de proteger as florestas e os povos indígenas.

Dia Mundial das Abelhas – entre os dias 18 e 19 de maio, os voluntários realizaram ações em nove cidades das cinco regiões do Brasil, que contaram com coleta de assinaturas, oficinas de stencil e distribuição de mudas e sementes de flores que atraem abelhas, como lavanda, girassol e sálvia.

Semana Mundial Sem Carne – em São Paulo (SP) e Manaus (AM), os voluntários realizaram rodas de conversa sobre vegetarianismo e sua relação no combate ao desmatamento, divulgação de receitas, apresentações artísticas e, claro, degustação de comidinhas sem carne.

#TodosPelaAmazônia – os protestos contra o crescimento das queimadas na Amazônia, entre os dias 23 e 25 de agosto, reuniram milhares de pessoas em diferentes localidades. Nossos voluntários e voluntárias engrossaram as manifestações em 17 cidades do Brasil.

Luto Pela Amazônia – no Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, nossos voluntários se vestiram de preto na mobilização “Luto Pela Amazônia”, com manifestações nas ruas contra a destruição da floresta, que se estenderam para as redes sociais.

World Cleanup Day (Dia Mundial da Limpeza) – milhares de pessoas de 169 países juntaram-se, em 21 de setembro, no maior mutirão de limpeza de ruas, rios, praças, praias e mangues do mundo. Nossos voluntários atuaram em 12 cidades, como São Luís (MA).

Greve Global pelo Clima – uma semana antes da grande mobilização, no dia 20 de setembro, nossos voluntários já se organizaram em parcerias com diversos coletivos, como Fridays For Future, promovendo debates, rodas de conversa, oficinas de confecção de materiais e atividades de alerta para a urgência climática, como o protesto simbólico feito pelos voluntários do grupo de Bertioga (SP).

Limpeza do Óleo do Nordeste – com equipamentos de proteção individual (EPI) distribuídos pelo Greenpeace, nossos voluntários atuaram ativamente na limpeza de praias e mangues afetados pelo derramamento de óleo, especialmente em Fortaleza (CE), São Luís (MA), Recife (PE) e Salvador (BA), e também em manifestações que cobraram a responsabilidade dos governos em lidar com a situação.

“A sensação causada pelo derramamento de óleo foi uma mistura de tristeza, indignação, desespero, mas também de esperança, pois vi a população empenhada em tirar o máximo possível daquela substância tóxica antes de a maré subir. Vi lágrimas, correria, mobilização de pessoas e ONGs. A dor que eu senti naquelas semanas era uma dor coletiva”, relata Joyce Farias, 23, voluntária do grupo de Recife (PE).
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Greenwire se tornou o Conexão Verde

A plataforma online de mobilização dos voluntários do Greenpeace Brasil não só ganhou um novo nome em português, como também foi modernizada e repaginada, aprimorando a interação dos usuários a partir de uma maior velocidade de acesso e um design de rede social. O Conexão Verde foi lançado em novembro de 2019 e o convite de boas-vindas aos voluntários foi feito pela atriz Giulia Costa. Confira o vídeo.

Projeto Escola: educação ambiental para todas as idades

Em 2019, nossos voluntários e voluntárias levaram a educação ambiental para quase 10 mil pessoas em todo o Brasil. Foram 151 palestras para crianças, jovens e adultos, tanto em escolas como em associações comunitárias, tratando de temas como sustentabilidade, proteção dos oceanos, poluição de plásticos, mudanças climáticas, Amazônia e energias renováveis, entre outros. O grupo de voluntários de Porto Alegre (RS) foi o que mais levou a educação ambiental para diferentes lugares, com 88 palestras e 6.240 pessoas impactadas em várias cidades do Estado gaúcho. “Com o Projeto Escola, posso inspirar os jovens estudantes e o público em geral a serem mais conscientes para que eles saibam de suas responsabilidades com o meio ambiente”, diz Valdeci de Souza, 62, um dos nossos palestrantes do grupo de voluntários de Porto Alegre (RS).

O Bugio: use sua voz pela mudança

O Bugio é a nossa plataforma de campanhas ambientais locais, para que qualquer pessoa se torne um agente de transformação na sua rua, escola, bairro ou mesmo cidade. Em 2019, foram mais de 200 campanhas criadas, que coletaram ao todo mais de 130.000 assinaturas. Uma taxa de conversão de 89,58% (161% maior que no ano passado).

A campanha pela proteção da Serra do Orobó (BA) conseguiu uma vitória e segue protegida da mineração. "Queremos agradecer a todos que participaram, assinaram, compartilharam e de uma forma ou de outra abraçaram a causa!", diz Vitor Pires de Oliveira.

A campanha para salvar o rio Itapanhaú (SP) também teve destaque no ano e realizou uma grande mobilização em frente à CETESB-SP. Você pode conferir o vídeo da ação na página do Facebook Não à Transposição do Rio Itapanhaú, criada com os objetivos de chamar atenção para o problema e sensibilizar o corpo técnico, servidores e funcionários da agência.

Banana-Terra: conectando meio ambiente e direitos humanos

O Projeto Banana-Terra é uma parceria entre os escritórios brasileiros da Anistia Internacional e do Greenpeace, que fomenta iniciativas de jovens ativistas em pautas relacionadas ao meio ambiente e aos direitos humanos.

Entre junho de 2018 e agosto de 2019, o Projeto forneceu workshops presenciais com ferramentas de ativismo, métodos para criação de projetos, técnicas para estimular pessoas a defenderem mudanças e procedimentos de segurança para 82 jovens ativistas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. E atualmente já impactou mais de 13 mil pessoas com iniciativas locais de conscientização socioambiental protagonizadas pelos jovens – de oficinas sobre políticas públicas de saúde e fortalecimento de comunidades rurais a suspensão de obras que contribuíram para o aumento do desmatamento urbano – e mais de 80 atividades realizadas, como mutirões de restauração de patrimônio público, oficinas culturais e cinedebates), dentre elas o Projeto Escola, que leva a educação ambiental para escolas de todo o Brasil.

Todas as oficinas regionais já foram concluídas, mas os jovens ainda continuam atuando em suas regiões de forma independente, em parcerias com movimentos locais e por meio da rede de ativistas formada durante o Projeto.

O Banana-Terra continua existindo e incentivando o protagonismo juvenil. Essa parceria plural entre organizações e juventude mantém o legado do Projeto, que continua acontecendo pelo Brasil, espalhando a mensagem de proteção à natureza e à vida.

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Por meio do manual Semeando o Poder: Um Guia Para Mudar o Mundo, é possível que qualquer pessoa se torne um agente da mudança, causando impactos positivos na sociedade. Clique aqui para acessar o Manual.