Em um momento em que todos os nossos governantes deveriam estar trabalhando incansavelmente para reduzir os impactos da pandemia do coronavírus na vida dos brasileiros, assistimos a ministros e ao próprio Presidente da República demonstrarem desrespeito pelo meio ambiente, pelas instituições democráticas e pela população brasileira.
A fala escancarada e vergonhosa do ministro de Meio Ambiente Ricardo Salles em reunião ministerial evidencia o que a sociedade brasileira, a comunidade internacional, o Ministério Público Federal, a mídia, cientistas e ex-ministros de Meio Ambiente vêm denunciando há um ano e meio: a política antiambiental do governo Bolsonaro.
A “boiada” representada pelo projeto de destruição deste governo tem deixado marcas profundas na floresta e em seus povos. O desmatamento da Amazônia aumentou 30% em 2019, o maior dos últimos 10 anos. E, nos primeiros meses de 2020, os alertas já apontam crescimento de 62% em relação ao ano passado.
Ricardo Salles já provou que não tem condições de seguir em seu cargo, porque joga contra a coletividade ao atuar contra a proteção e preservação ambiental de nosso país.
Além da explosão do desmatamento, testemunhamos a escalada do autoritarismo no país, e nossos direitos, sobretudo os dos povos tradicionais, estão sendo sistematicamente violados. Como se não bastasse, estamos às vésperas da temporada criminosa de queimadas na Amazônia, quando haverá mais fogo sufocando a floresta. A fumaça gerada pelas queimadas irá piorar ainda mais as condições das pessoas contaminadas por um vírus que ataca, justamente, o sistema respiratório.
O momento é muito desafiador. Não temos mais tempo e vidas a perder. Somos um movimento crescente em defesa do meio ambiente, da democracia e da vida. Nossa indignação só aumenta e está, mais do que na hora, da população ter respostas! O Governo Federal precisa parar este desastre!