#SemFlorestaSemVida

Em 2019, a destruição de nossas florestas atingiu uma extensão tão grande que gerou intensa indignação e preocupação mundial.

Apenas na Amazônia Legal Brasileira – um dos maiores estoques de carbono do planeta, essencial para manter o equilíbrio climático da Terra – foram perdidos 9.762 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse valor representa um aumento de 29,54% em relação ao ano anterior. Outros biomas como Cerrado, Pantanal, Caatinga e Mata Atlântica também sofreram, por vários motivos: pelo fogo descontrolado, pelo desmatamento causado pelo avanço do agronegócio e da grilagem e também pelo discurso do governo de incentivo à destruição, acompanhado do enfraquecimento da fiscalização ambiental.

O Greenpeace Brasil atuou intensamente para denunciar, no país e internacionalmente, tanto os crimes ligados ao desmatamento, quanto à omissão do Estado em combatê-los. Por isso, sofremos duros ataques de fake news. Acompanhe a seguir nossas principais ações na defesa da floresta contra o aço, o fogo e a ganância humana.

Sobrevoo de denúncia

Em setembro de 2019, o Greenpeace Brasil realizou um sobrevoo na Terra Indígena Munduruku para expor e denunciar o garimpo ilegal que assola a região. Há muitos anos, as lideranças do povo pedem a ajuda das autoridades competentes para impedir o avanço do garimpo, mas pouco tem sido feito e o garimpo continua se espalhando e contaminando os rios que são vitais para a população. A equipe de pesquisa do Greenpeace Brasil analisou os alertas de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e mostrou que, em dois anos, a destruição da floresta na Terra Indígena Munduruku aumentou quase 6 vezes. O sobrevoo e a análise do Greenpeace Brasil foram veiculados no Jornal Nacional do dia 21 de setembro de 2019, com a participação do cacique-geral do povo Munduruku, Arnaldo Kaba, que também denunciou a difícil situação de seu povo.

A atual proposta do governo federal de liberação das terras indígenas para a exploração econômica pode piorar ainda mais esse cenário de destruição. O Greenpeace vai continuar cobrando das autoridades que elas sejam eficazes na proteção das florestas brasileiras e cumpram seu dever constitucional de respeitar os direitos indígenas.