Políticas Públicas

Mobilização em múltiplas parcerias

Det-verde

O ano de 2021 foi marcado por diversas ofensivas na área socioambiental, que demandaram de nós, assim como de outras organizações e movimentos sociais, uma ampla mobilização contra tantos retrocessos. Destacamos justamente nossa atuação e comunicação em parceria com outras organizações.

Nosso alinhamento em rede abrange desde combinados de narrativas e ações online (hashtags, mensagens-chave, alvos, tuitaços) até a articulação política nos bastidores, circulando informações e estratégias.

Lançamos em 2021 o Destroybras, um jogo no qual mostramos como o governo Bolsonaro avançou muitas casas no tabuleiro antiambiental, jogando sujo contra as florestas, o clima global, a população e a economia. Afinal, quando o desmatamento, as queimadas e outros crimes contra o meio ambiente avançam no país, todos nós perdemos.

Vimos um cenário de endosso dos interesses da bancada ruralista em 2021. Por isso, direcionamos esforços para denunciar a gravidade dos projetos de lei que passaram pelo Congresso Nacional – projetos danosos para a sociedade e para o meio ambiente. O objetivo foi fortalecer a atuação do “lobby do bem” (–advocacy–) e comunicar para toda a sociedade os riscos que estão em jogo.

Exatamente por isso, outra ação importante para nós foi a entrega da Motosserra de Ouro para o deputado Arthur Lira (PP-AL), que tomou posse da presidência da Câmara dos Deputados em 2021. Lira fez com que um conjunto de projetos de lei (PLs) de alto impacto socioambiental fossem acelerados e aprovados rapidamente.

Entre eles, o PL da Grilagem e o PL do (Fim do) Licenciamento Ambiental, abrindo caminho para a tramitação de outros PLs perigosos, como o Pacote do Veneno. Com isso, Lira ficou conhecido como o “funcionário número 1” de Bolsonaro e mereceu ser premiado com a Motosserra de Ouro, devido aos seus esforços para fragilizar as normas de proteção ambiental, prejudicando a biodiversidade e a população brasileira, principalmente na Amazônia.

Após a aprovação de PLs antiambientais na Câmara – os quais, reforçamos, tramitaram às pressas e sem considerar os alertas da sociedade e da ciência graças às manobras de Lira –, o poder de barrar essas ameaças ficou nas mãos de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, também empossado em 2021. Com o intuito de pressioná-lo a não agir como o presidente da Câmara, em novembro de 2021 surgiu o abaixo-assinado “Rodrigo Pacheco, de que lado você está: da destruição ou da vida?”.