#JustiçaClimática

O clima não espera

Ainda que a pandemia tenha concentrado as atenções em 2020, as mudanças climáticas continuam afetando pessoas em todo o mundo e não ficaram menores, mesmo com a paralisação de inúmeras atividades. Por meio de encontros com ativistas, membros da academia e líderes comunitários, mobilizações virtuais e ações voltadas a estudantes, o Greenpeace Brasil enfatizou os impactos negativos que a mudança climática exercerá sobre as populações mais pobres.

Os debates promovidos pelo projeto Justiça Climática em 2020 priorizaram a conexão entre a mudança climática e a desigualdade social, evidenciando que as populações mais pobres também serão as mais vulneráveis a eventos climáticos extremos, elevação das temperaturas médias e aumento do nível do mar. Contatos com especialistas e líderes políticos, mobilizações virtuais e ações educativas marcaram a agenda do ano.

Debatemos a Justiça Climática em encontros com Eduardo Suplicy, do Partido dos Trabalhadores, autor do projeto de lei que cria a renda básica de cidadania; Joaquim de Mello, fundador do Banco Palmas; e os acadêmicos Tatiana Schor, da Universidade Federal do Amazonas, Virginia Fontes, da Universidade Federal Fluminense, e Ladislaw Dowbor, da PUC-SP. Líderes comunitários, como Givânia Silva, da Coordenação Nacional da Articulação das Comunidades Quilombolas; Sarah Marques, da Caranguejo Tabaiares Resiste, em Recife, Pernambuco; Gilson Rodrigues, do G1 Favelas, São Paulo; e Preto Zezé, da Central Única das Favelas, também foram incluídos nas discussões.

Nos meios digitais, foram realizadas mobilizações protagonizadas por jovens de vários estratos sociais. Nossos voluntários cobraram maior ação do governo no combate à mudança climática e ao desmatamento na Amazônia, em lives no mês de março. Em setembro, quando se celebra o Dia da Amazônia e o fogo consumia grandes partes da floresta, a corrente digital foi na rede social TikTok. Em dezembro, um vídeo publicado na semana do quinto aniversário do Acordo de Paris questionou as metas de emissões de carbono da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil para o acordo.

Também disseminamos conhecimento sobre a Justiça Climática entre os estudantes brasileiros. Apesar do alcance reduzido durante o ano por conta da suspensão das aulas presenciais, foi possível engajar um total de 452 alunos em atividades online. Uma plataforma educativa aberta, capaz de proporcionar uma experiência mais rica e interativa, está em desenvolvimento – e permitirá a ampliação do público-alvo, bem como a apresentação de atividades complementares às iniciativas presenciais.