#TodosPelaAmazônia

Amazônia sob ataque: o futuro da floresta é uma preocupação de todos

Um amplo movimento de conscientização sobre a devastação na Amazônia, atacada por madeireiros e garimpeiros ilegais e grileiros, além dos perigos e retrocessos da política antiambiental do governo Bolsonaro, ganhou impulso em 2020. O trabalho incluiu ações coordenadas com ativistas e voluntários em diversos países e uma petição online que angariou mais de meio milhão de assinaturas.

Durante todo o ano de 2020, as denúncias sobre a destruição da Amazônia e sobre as consequências negativas da agenda antiambiental do governo Jair Bolsonaro estiveram na nossa pauta. O movimento Todos Pela Amazônia amplificou de forma global essa divulgação, afinal, a destruição da maior floresta tropical do planeta tem impactos sérios no clima que podem afetar a todos.

O lançamento da petição online #TodosPelaAmazônia, em setembro, foi um dos destaques da campanha permanente. Ressaltando as ameaças do plano do governo federal de liberar a exploração da Floresta Amazônica para mineradoras, empresas de energia e de agronegócio, e de como o projeto do governo privilegia o lucro de empresas e criminosos em vez do bem-estar da população, a petição conseguiu angariar mais de 565 mil assinaturas até julho de 2021. Ela apresenta a Amazônia como o coração pulsante da Terra, que influencia o sistema climático global e espalha chuvas para outras regiões do país.

Em 5 de setembro de 2020, em sintonia com o abaixo-assinado, fortalecemos a mobilização coordenando um Dia de Ação Global pela Amazônia. Voluntários realizaram ações na França, na Alemanha, na Espanha e na Itália. Os escritórios do Canadá, EUA, Croácia, Colômbia, Chile, Eslovênia, Argentina e Reino Unido também se uniram à iniciativa em seus canais oficiais nas redes sociais. No Brasil, as atrizes Priscila Sol e Daniela Escobar deram voz à Amazônia em um vídeo que mostra as ameaças à floresta e ao nosso próprio futuro. Já o TikTok foi o canal escolhido por Giovanna Lancelotti para divulgar o #TodosPelaAmazônia.

Neste mesmo dia, também realizamos a primeira edição do Amazon Alarm, um festival de música na internet que promoveu a conexão de músicos brasileiros, americanos e noruegueses, entre eles a cantora Aurora. De suas casas, eles cantaram e pediram doações em prol dos povos indígenas na Amazônia.

Mesmo em home office, nossos times de pesquisa e investigação ainda lançaram luz sobre casos impactantes de destruição ambiental ocorridos em 2019 e 2020. O ataque à terra indígena (TI) Ituna-Itatá, no Pará, que sofre com ocupações de empresas madeireiras e da pecuária, e a devastação de uma área de proteção ambiental na região da Fazenda Tiborna, na região de São Félix do Xingu (PA), tiveram repercussão no Brasil e no exterior. Bem como as denúncias sobre o “Dia do Fogo”, de 2019, quando fazendeiros e grileiros promoveram uma gigantesca ação coordenada de queimadas ilegais no Pará.

“Em vez de negar a realidade, em meio à destruição recorde dos biomas brasileiros, o governo deveria cumprir seus deveres constitucionais em prol da proteção ambiental e apresentar um plano eficiente para enfrentar os incêndios que consomem o Brasil.”

Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil